Mi amigo cubano Francisco, que vive en la Coruña, me ha enviado este poema que ganó el año pasado el tercer premio en un concurso que organiza el Museu Nacional da Imprensa de Porto, y que por tener temática marina me parece muy adecuado para publicar aqui.
La foto que lo acompaña la saqué esta misma tarde desde la terraza de casa, parece que el temporal está remitiendo, pobre canarios...
La foto que lo acompaña la saqué esta misma tarde desde la terraza de casa, parece que el temporal está remitiendo, pobre canarios...
Não o Mar
Não quis o mergulho no mar
mas a profundidade dos teus olhos.
Não o sal eterno das vagas
mas a salinidade
picante do teu andar
e do teu falar de folhos.
Não o vaivém da espuma
que me lava e acaricia
mas a carícia do teu sorriso
e a tua pele de pluma.
Não a frescura das águas,
o roçar das algas,
mas a mansidão do teu regaço
onde me afundo sem mágoas.
Tão pouco o rechaço
da onda azul na areia
mas antes a tua veia
de poetisa e feiticeira,
de profetisa e candeia
a iluminar-me os passos.
Não o crude dos petroleiros
que se espalha na areia aos maços,
não os faroleiros ou os sargaços,
não o oceano cru e nu
- mas tu.
Filipe Alexandre Madaleno Luís, Lisboa
4 comentarios:
É um belo poema de amor. É preciso amar muito (demais!) para renunciar assim ao Mar.
Amiga Atlántica, nos traes de nuevo el mar irrenunciable; el mar intimamente unido a ti... el mar que eres tú.
Mar!
E é um aberto poema que ressoa
No búzio do areal...
Ah, quem pudesse ouvi-lo sem mais versos!
Assim puro,
Assim azul,
Assim salgado...
Milagre horizontal
Universal,
Numa palavra só realizado.
MAR, de Miguel Torga (Diário, X. Miramar, 7 de agosto de 1968).
Olá J.A., Eu non podería nunca amar a ninguen que no gustara do mar, pero o poema e belo, non eh?
Precioso Haddock, muchas gracias!!!
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